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Sob o slogan “Make Europe Great Again” (Torne a Europa Grande Novamente), inspirado no famoso lema de Donald Trump, líderes da extrema-direita europeia se reuniram neste sábado (8) em Madri para pedir uma mudança radical nas políticas da União Europeia (UE). O encontro, organizado pelo grupo parlamentar Patriots for Europe, contou com a presença de figuras como o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, a francesa Marine Le Pen e o holandês Geert Wilders, entre outros.
Com cerca de 2 mil participantes, o evento ocorreu em um hotel próximo ao aeroporto de Madri e foi marcado por discursos inflamados que ecoaram a retórica trumpista.
“Nós somos o futuro!”, gritaram os líderes, defendendo uma “virada de 180 graus” na política europeia, mencionando o crescimento de imigrantes no continente. Marine Le Pen, líder do partido francês Reagrupamento Nacional (RN), destacou que o mundo e a Europa estão vivendo uma “aceleração da história” desde a eleição de Trump.
Orban, um dos principais aliados de Trump na Europa, afirmou que “o tornado de Trump mudou o mundo” e que a extrema-direita, antes vista como herege, agora representa a corrente principal. “Uma era acabou. Ontem, nós éramos os hereges. Hoje, somos a corrente principal”, declarou o primeiro-ministro húngaro.
O encontro também contou com a participação de Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro italiano, e do ex-primeiro-ministro tcheco Andrej Babis. Geert Wilders, líder do Partido da Liberdade holandês e frequentemente comparado a Trump, pediu uma “reconquista” da Europa, em referência às guerras históricas travadas pelos reis católicos espanhóis.
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A reunião teve como objetivo definir uma estratégia comum para enfrentar a Comissão Europeia, acusada pelos líderes de promover a “imigração ilegal” e o “fanatismo climático”. “É hora de dizer basta”, enfatizou Salvini, criticando as políticas migratórias e ambientais da UE.
Além dos discursos, o evento também serviu como plataforma para a oposição venezuelana. María Corina Machado, líder oposicionista, enviou uma mensagem agradecendo o apoio dos líderes europeus e pedindo ajuda para derrubar o regime de Nicolás Maduro. “Vamos tirar esse regime do poder”, disse Machado, destacando a necessidade de uma transição ordenada na Venezuela.
O Patriots for Europe, com 86 membros no Parlamento Europeu, é a terceira maior força no hemiciclo desde as eleições de junho de 2024. No entanto, o grupo enfrenta competição de outras facções de extrema direita, como os Conservadores e Reformistas Europeus, liderados pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, e a Europa das Nações e Liberdades, que inclui o partido alemão AfD.
À AFP, Steven Forti, especialista em extrema-direita da Universidade Autônoma de Barcelona, avaliou que o grupo busca aproveitar a onda de apoio a Trump para redesenhar os equilíbrios dentro da UE. No entanto, ele alertou que as posições de Trump podem gerar tensões entre os diferentes componentes da extrema-direita europeia.
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