Nesta quarta-feira (16), o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, confirmou que estará presente no dia 9 de maio, em Moscou, capital da Rússia, quando serão realizadas as comemorações dos 80 anos da vitória soviética sobre o nazismo.
A decisão é tomada após ameaças por parte do imperialismo europeu, de sabotar a adesão da Sérvia à União Europeia (assim como de qualquer outro país europeu que envie representantes às comemorações do Dia da Vitória).
A ameaça foi feita em forma de bravata pela chefe da política externa da União Europeia, a estoniana Kaja Kallas, especialista em fazer bravatas, que declarou não querer “que nenhum país candidato participe dos eventos de 9 de maio em Moscou”. Outras autoridades da UE teriam dito a Vucic que sua viagem à Rússia “violaria os critérios de adesão”, conforme noticiado pelo jornal The Telegraph, do imperialismo britânico.
Apesar das ameaças, Vucic destacou: “não mudei minha decisão… Estou pronto para que o céu inteiro caia sobre minha cabeça sob a pressão de ir a Moscou. Há oito meses, anunciei minha visita a Moscou publicamente”, acrescentando também que “um período de enorme atividade diplomática está chegando”, fazendo referência a várias reuniões futuras com autoridades da UE e uma possível visita aos Estados Unidos.
Em razão da importância dos partisãos iugoslavos na libertação da Europa (e da própria Iugoslávia) das hordas nazistas quando da Segunda Guerra Mundial, o Exército Sérvio participará do desfile militar do Dia da Vitória
A Sérvia é candidata à UE desde 2012. No entanto, o imperialismo já tentou um golpe de Estado contra Vucic em dezembro de 2023, o qual foi debelado com a contribuição da inteligência russa. Desde novembro de 2024, está em marcha um novo golpe de Estado imperialista contra Vucic e o povo sérvio, sob forma de revolução colorida, tentativa que se dá, em grande parte, em razão das relações de seu governo com a Federação Russa.