O deputado federal carioca Sóstenes Cavalcante, líder do PL (partido oficial do bolsonarismo) na Câmara, acionou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir autorização para visitar o general Walter Braga Netto na prisão.
Um dos acusados de integrar o núcleo mais próximo de Bolsonaro na trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República, Braga Netto está preso desde 14 de dezembro do ano passado em estrutura do exército na cidade do Rio.
No pedido enviado ao ministro, Sóstenes não explicita os motivos políticos, e afirma que ele e Braga Netto são “amigos íntimos há muitos anos”. A Lei de Execução Penal prevê que pessoas presas têm direito de receber visitas de cônjuges, familiares e amigos.
O deputado é um dos expoentes da chamada “bancada da Bíblia” na Câmara. Foi ele o responsável, por exemplo, por apresentar um projeto de lei que equipara o aborto legal ao homicídio. Líder evangélico da Assembleia de Deus, ele está no terceiro mandato como deputado.
Braga Netto, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo de Bolsonaro, é acusado, entre outras coisas, de ter sido o elo entre os então ocupantes do Planalto e os golpistas que acamparam nas portas de quartéis após as eleições de 2022. Ele está preso preventivamente.
