Depois de anunciar ter saído do Brasil, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deve formalizar nos próximos dias um pedido de afastamento não remunerado das atividades parlamentares na Câmara. A ideia é adotar a mesma estratégia utilizada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que segue nos Estados Unidos desde março.
Caso o período de licença seja superior a 120 dias, a presidência da Câmara deve convocar um suplente para assumir a cadeira da bolsonarista. O cenário mais provável seria a posse de Coronel Tadeu (PL-SP), que ficou conhecido por quebrar uma placa de uma exposição sobre o Dia da Consciência Negra.
Em entrevista à CNN Brasil nesta terça-feira 3, a deputada confirmou estar nos Estados Unidos, mas declarou que deve viajar à Itália. “Como cidadã italiana eu sou intocável na Itália, não há o que ele possa fazer para me extraditar de um país onde eu sou cidadã, então eu estou muito tranquila quanto a isso.”
No início de maio, Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão sob a acusação de ter comandado uma invasão a um sistema do Conselho Nacional de Justiça. Com a sentença, ela deve perder o mandato e ficar inelegível por oito anos. Seus advogados já recorreram.
