Yitzhak Shkolnik foi o terceiro primeiro-ministro de Israel, tendo ocupado o cargo por quatro mandatos, após David Ben-Gurion ter exercido o cargo anteriormente em duas ocasiões diferentes.

Nasceu em Kiev, Ucrânia, em 1885 e, em 1914, com 29 anos, partiu para a Palestina, que era então parte do Império Otomano. Após o fim do império, com a Revolução Árabe de 1916, Shkolnik entrou na organização Haganá, que viria a originar o exército do estado de Israel e outros dois movimentos políticos.

Shkolnik ingressou no partido Hapoel Hatzair em 1913 e, em 1930, no Mapai, trabalhando em diversos setores da burocracia do Mandato Britânico.

Entre 1940 e 1948, se tornou uma figura importante do Haganá, acumulando o cargo de secretário-geral do Mapai entre 1942 e 1944. Durante esse período, foi responsável pela compra de armas para o Haganá, que seriam utilizadas em 1948, após o fim do Mandato Britânico e a criação dos dois estados.

Após a guerra, Shkolnik foi um dos responsáveis pela política de criação de assentamentos judeus, durante o período de grande imigração em massa de judeus para a Palestina. Os assentamentos agrícolas eram a expulsão em massa de palestinos de suas terras e a tomada por colonos israelenses, política que ocorre até os dias de hoje.

Shkolnik foi também ministro de Finanças de Israel e ajudou na fundação do Banco de Israel em 1954.

No entanto, foi a partir de 1963, com a saída de Ben-Gurion do governo israelense, que Shkolnik se tornou um personagem conhecido. Foi eleito como primeiro-ministro de Israel e ocupou o cargo até 1969, quando faleceu após uma parada cardíaca.

No começo de seu mandato, Shkolnik estabeleceu boas relações com os Estados Unidos e manteve uma política de aliança com a União Soviética, inclusive ajudando a imigração de judeus da República Soviética para Israel.

Foi durante seu mandato que ocorreu a Guerra dos Seis Dias, em que Israel atacou o Egito, a Síria e a Jordânia, conquistando territórios que haviam sido determinados como pertencentes ao futuro estado palestino.

Após a guerra, mais de 400 mil palestinos tiveram que abandonar suas terras e suas casas, além de milhares terem sido mortos. As ocupações de Israel sobre os territórios em questão são consideradas ilegais, mas as Nações Unidas não tomaram medidas contra Israel.

Após a Guerra dos Seis Dias, o partido Mapai se transformou no Partido Trabalhista, o que serviu para que houvesse confusão por parte da esquerda em relação a Israel, que aparecia como um país governado por um setor de esquerda, o que ajudava a encobrir o regime de apartheid e de brutalidade em relação aos palestinos.

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Última Atualização: 26/07/2024