Levei porrada. Contive-me nos becos, por Romério Rômulo

Levei porrada. Contive-me nos becos.

por Romério Rômulo

Levei porrada. Contive-me nos becos.
Pelos esgares que sempre me ataram
contive minha mão. Um travo seco
me amarrou em todos os lugares.

A vila em solidão, onde eu me aguento
cabe os cães que pintam meus olhares
com uma espécie líquida de unguento.

É dura a solidão que come os ares.

2.
Sobrar na mais perdida terra podre
e beber o caldo forte da coragem.

Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar – Rio de Janeiro RJ.

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