Léo Martins mescla ritmos em seu primeiro EP solo

por Fábio Cezanne

Depois de lançar, no fim de 2024, os singles “Rabo de Saia” – de autoria dos colegas da Faculdade de Música da Unirio Alexandre Fróes e Hamilton Fofão – e “É só saudade” – composição de Edu Krieger, outro contemporâneo dos tempos de universidade, nos anos 90  – o compositor, cantor, violonista/guitarrista e percussionista Léo Martins lança seu primeiro trabalho solo, o EP “Auto-Retrato” com cinco faixas, disponível nas plataformas desde 24 de janeiro.  A produção musical contou com a assinatura de mais um integrante dessa turma de graduados da Unirio, Carlos Pontual.

O EP “Auto-Retato” traz a sonoridade característica da música popular brasileira, mesclando samba, maracatu, funk e elementos contemporâneos, resultando em um trabalho autêntico e diversificado. A faixa-título, “Auto-Retrato”, composta por Rodrigo Maranhão, é um dos destaques do projeto, trazendo uma reflexão íntima sobre o cotidiano e o amor, marcada por batidas envolventes e a voz de Leo Martins. Cada faixa do EP oferece uma experiência única, desde a crítica social de “Tem Dindim” (Rafael Gemal) até a intensidade melódica de “Bala Perdida” (Alexandre Froes). Em “Limonada” (Rafael Gemal), as influências de samba e MPB se encontram, enquanto “Pavio” (Alexandre Froes) transporta o ouvinte para as paisagens cariocas. 

Músico e dublador carioca, Léo Martins começou nos dois mercados artísticos desde criança e nas últimas produções de sucesso emprestou a voz para o ator Austin Buttler em “Elvis, o filme”, na série “Mestres do Ar” e no longa-metragem “Duna, parte II”.

Integrou a banda Overblues nos anos 90, compondo, tocando guitarra e cantando na cena do blues no Rio, Minas Gerais e Espírito Santo, dividindo o palco em festivais com artistas renomados como Celso Blues Boy, Zé da Gaita, Blues Etílicos e Buddy Guy. Nesse período, deu aulas de violão para a cantora Zélia Duncan, que participou de várias apresentações com Léo Martins em canjas e realizando um show em Niterói.

Ainda na mesma década cantou na banda pop Ideia Rara, gravando um CD pela gravadora CID, intitulado “Movimento”, tendo algumas músicas veiculadas na rádio Cidade e três clipes exibidos na MTV e no canal Multishow. A partir dos anos 2000 tocou percussão e cantou no Grupo Sotaque do Mundo, gravando o CD “Conteúdo Brasileiro” e acompanhou na guitarra artistas como Ivo Meirelles & Funk in Lata, João Estrella (do filme “Meu Nome não é Johnny”) e Toni Platão.

Também foi mestre de bateria do bloco carnavalesco Bangalafumenga, tendo o privilégio de fazer shows com Criolo, Milton Nascimento, Fernanda Abreu, Roberta Sá, Davi Moraes, Moraes Moreira, Pretinho da Serrinha, Serjão Loroza e Lucy Alves. Leo Martins é professor de educação musical da rede municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro e acaba de se formar mestre na mesma disciplina pela UFRJ.

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Last Update: 27/01/2025