
O Movimento Legendários, grupo evangélico conhecido por promover retiros de desafios físicos e espirituais para homens, se pronunciou em nota enviada ao DCM sobre a morte de Rodrigo Nunes, de 40 anos, durante um evento em Rondonópolis (MT) no último sábado (28). O caso ocorre apenas quatro meses após outra morte envolvendo o grupo em Mato Grosso do Sul.
Rodrigo, que trabalhava em uma empresa de segurança do trabalho e se descrevia como “casado, pai de dois filhos e cristão metodista”, sofreu uma crise convulsiva durante as atividades e foi levado ao Hospital Regional da cidade, onde não resistiu.
Na nota, o Legendários afirmou que o participante “estava em plenas condições físicas” e apresentava “atestados de saúde médicos atualizados”. O grupo se disse “à disposição da família” e pediu orações: “Manifestamos nossos sinceros sentimentos a Ana Paula e seus filhos. Nosso suporte e amor está com vocês”.
Leia o comunicado enviado pelo Movimento Legendários:

Outras mortes
Este não é o primeiro óbito registrado em eventos do grupo. Em fevereiro deste ano, Fábio Adriano Machado Cherini, 44 anos, morreu durante uma trilha com o Legendários em Mato Grosso do Sul. Na ocasião, a morte foi registrada como “causa a esclarecer”.
O movimento, fundado em 2015 pelo pastor guatemalteco Chepe Putzu, promove imersões como o TOP (Track Outdoor de Potencial) — experiência de 72 horas na natureza com desafios físicos intensos. A participação pode custar entre R$ 450 e R$ 81 mil, dependendo da localidade e estrutura.
A esposa de Rodrigo, Ana Paula Oliveira, homenageou o marido nas redes sociais: “Meu eterno legendário, agora descansa com o legendário #1”. Enquanto amigos e familiares compartilharam lamentos, a ausência de detalhes sobre as circunstâncias exatas da morte levanta questões sobre os protocolos de segurança do grupo.
O Hospital Regional de Rondonópolis não divulgou informações sobre o histórico clínico de Rodrigo antes do incidente.
