Papa Leão XIV e cardeais durante encontro no Vaticano. Foto: Vatican Media via Reuters

O cardeal Désiré Tsarahazana, de Madagascar, revelou neste sábado (10) que o novo papa Leão XIV recebeu mais de 100 votos no conclave secreto realizado entre os dias 7 e 8 de maio. A votação foi selada com ampla maioria entre os cardeais e marcada por um “caloroso aplauso” logo após a confirmação de seu nome, gesto que indicou a aprovação imediata da escolha no conclave. Para ser eleito, Robert Francis Prevost precisava de ao menos 89 votos dos 133 cardeais com direito a voto.

A votação ocorreu na Capela Sistina, no Vaticano, e teve como resultado a escolha de Prevost como sucessor de Francisco. A ampla vantagem indica apoio majoritário ao novo pontífice, que escolheu o nome Leão XIV em homenagem ao papa Leão XIII, conhecido por sua atuação em temas sociais.

Leão XIV se reuniu neste sábado com todos os cardeais e adotou um modelo mais participativo. Depois de um discurso preparado, o novo papa abriu espaço para que qualquer cardeal pudesse comentar ou sugerir algo sobre os desafios enfrentados pela Igreja Católica.

O cardeal italiano Pietro Parolin, considerado um dos favoritos antes da definição, contou que Robert Prevost foi recebido com entusiasmo pelos colegas no momento em que aceitou a escolha como novo pontífice. “Não creio que esteja revelando nenhum segredo se escrever que uma longa e calorosa salva de palmas se seguiu àquela ‘aceitação’ que o tornou o 267º papa da Igreja Católica”, escreveu Parolin, que ocupa o cargo de secretário de Estado do Vaticano, em artigo publicado neste sábado no jornal Giornale di Vicenza. Em sua primeira fala pública após a eleição de Leão XIV, Parolin elogiou a decisão e afirmou estar “impressionado” com a serenidade do novo papa.

“Ele ouviu com muita atenção, mas sabe que terá que tomar as decisões”, disse o cardeal irlandês Sean Brady à agência Reuters. “Mas estamos aqui para ajudá-lo.” Outros religiosos descreveram o encontro como “muito cordial e comunitário”.

O papa Leão XIV, em sua primeira aparição. Foto: Alberto PIZZOLI / AFP

O cardeal Dominik Duka destacou que um dos temas discutidos foi a situação dos católicos na China. O religioso defendeu a manutenção do diálogo com países onde há restrições à liberdade religiosa. Já o cardeal alemão Gerhard Mueller considerou a reunião como “muito boa e harmoniosa”.

Com o início de seu pontificado, Leão XIV sinaliza uma disposição para ouvir os cardeais e manter diálogo com setores diversos da Igreja, reforçando um estilo de liderança mais aberto desde os primeiros dias de seu papado.

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Last Update: 10/05/2025