O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito, nesta quinta-feira (8), o novo papa da Igreja Católica e adotou o nome de Leão XIV. A decisão foi anunciada com a chama branca às 13h08, horário de Brasília. Já às 14h25, o novo pontífice fez sua primeira aparição pública.

Em seu discurso, Leão XIV deu a benção e lembrou o Papa Francisco, agradecendo-o pelas bênçãos e pelo trabalho na construção de pontes para ligar a humanidade a Deus. 

Agradeceu também os cardeais que votaram nele para esta a nota missão, em que a igreja deve estar “sempre em busca da paz, da justiça e trabalhando com homens e mulheres para proclamar a paz de cristo”. 

Leão XIV agradeceu ainda o Papa Francisco, falecido em 21 de abril, de quem se permitiu dar prosseguimento à benção do antecessor em discurso de Páscoa, em que Francisco afirmou que “o mal não irá prevalecer”. 

O novo para se descreveu como filho de Santo Agostinho e afirmou que os católicos podem “caminhar juntos em direção àquela pátria para qual Deus nos preparou”. 

O novo santo padre saudou a Igreja de Roma, que deve ser “uma igreja missionária, que constroi pontes e sempre aberta a receber todos aqueles que precisam da nossa caridade, a presença, o diálogo e o amor”.

Perfil

Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Leão XIV é o primeiro para norte-americano da história e, segundo analistas, deve representar um contraponto ao presidente Donald Trump, tendo em vista que o próprio discurso inicial, em que defende a construção de pontes, seria uma crítica a política de muros do chefe de Estado americano.

Mas a trajetória de Prevost foi construída, majoritariamente, no Peru, diocese que saudou ao longo da estreia como pontífice.

Já no Vaticano, foi escolhido pelo Papa Francisco como prefeito do Dicastério para os Bispos, responsável pela nomeação de bispos, e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.

Prevost iniciou a vida religiosa aos 22 anos e tem sólida formação em teologia, sendo conhecido pelo amplo conhecimento em lei canônica.

Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, deu início à primeira missão no Peru.

No entanto, em 2023, o então cardeal foi acusado por três mulheres de acobertar casos de abuso sexual infantil cometidos por dois padres no Peru. A diocese peruana nega o fato e afirmou que foi o norte-americano que deu sequência aos trâmites exigidos pela legislação da igreja. O caso segue em investigação.

*Em atualização.

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Last Update: 08/05/2025