
Na manhã deste domingo (7), dois criminosos armados invadiram a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, no centro de São Paulo, e roubaram obras de arte de Henri Matisse e Candido Portinari.
As peças faziam parte da exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”, em parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), e estavam em exibição desde o mês passado.
Os bandidos levaram oito gravuras de Henri Matisse e cinco de Candido Portinari, sendo estas últimas da obra “Menino de Engenho”. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo confirmou que as peças estavam cobertas por apólice de seguro, e informou que está fornecendo todas as informações à polícia para auxiliar na investigação.
De acordo com o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de São Paulo (Sated-SP), o assalto ocorreu após os criminosos renderem os seguranças da biblioteca e fugirem em direção à estação Anhangabaú do Metrô. Até o momento, não foram localizados e a polícia segue com o patrulhamento da área.
As obras estavam totalmente vulneráveis, com uma vigilância ridícula.
O filme das investigações mostra que o crime é parte de uma série de episódios envolvendo furtos de obras valiosas na cidade. A Biblioteca Mário de Andrade, que em 2006 já havia sido alvo de um assalto em que doze gravuras raras do século XIX foram levadas, é um dos principais centros culturais de São Paulo, recebendo mais de 200 mil visitantes por ano.
O crime também levanta questões sobre a segurança de instituições culturais no Brasil. As gravuras de Matisse e Portinari são símbolos do legado artístico de seus autores e representam uma parte importante do patrimônio cultural brasileiro e internacional.


