E os ataques não cessam. A pretexto de eliminar as lideranças do Movimento de Resistência Islâmico (Hamas), o Estado sionista criminoso dá continuidade à carnificina que vem fazendo desde o dia 7 de outubro.
As operações militares israelenses, desde que os massacres se iniciaram nos territórios ocupados, não atingiram nenhum dos objetivos estabelecidos pelo exército sionista. “Israel” anunciou para o mundo que a intervenção de suas forças militares em Gaza tinha como objetivo principal eliminar as principais lideranças do Hamas, assim como neutralizar a capacidade militar do grupo.
O que se viu nesses nove meses de intensos e ininterruptos ataques, no entanto, não foi o alcance de qualquer objetivo militar, mas única e tão somente o assassinato de milhares de palestinos – a maioria mulheres (inclusive grávidas) e crianças -, mas também idosos. Isso sem falar na destruição quase que por completa de toda a infraestrutura civil de Gaza, incluindo escolas, creches, hospitais, comércio, residências, edifícios públicos, agências humanitárias (ONU, Cruz Vermelha), centenas de jornalistas mortos e civis indefesos, adolescentes e homens.
A brutal selvageria do exército sionista contra civis indefesos é a marca deixada pelos israelenses, testemunhado por bilhões de pessoas em todo o mundo.
O que “Israel” vem fazendo contra os palestinos atesta que o Estado sionista não tem qualquer interesse em levar adiante uma proposta consequente de cessar-fogo. Os representantes do sionismo criminoso até participam das negociações com os mediadores, no Catar e no Cairo; todavia, a participação não tem por propósito chegar a nenhum acordo que permita uma trégua (ainda que temporária, que suspenda os ataques e ataques). Trata-se tão somente de um estratagema para ganhar tempo e continuar com os massacres indiscriminados contra a população indefesa e desabrigada de Gaza e outras regiões dos territórios ocupados.
Enquanto o gabinete do criminoso Netaniahu anuncia que está “analisando” as propostas de cessar-fogo apresentadas pelo Hamas e a Resistência – através dos mediadores – o exército israelense e seus soldados estupradores perpetuam as ações criminosas de ataques ao povo palestino, sem atingir qualquer alvo militar.
O mais recente e monstruoso desses ataques ocorreu no dia 13 de julho, na localidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. Fontes do Ministério da Saúde de Gaza anunciaram que, no ataque israelense, 90 pessoas foram assassinadas, deixando ainda um número de feridos acima de 300.
De acordo com as forças israelenses, a operação em Khan Yunis tinha como alvo um dos chefes militares do Hamas, Mohammed Deif. Supostamente, Deif e um outro comandante local do grupo Hamas estariam escondidos próximo à área do ataque. Vale destacar – para corroborar o cinismo de “Israel” –, que a área atingida pelos ataques é uma zona humanitária designada pelo próprio exército sionista. Posteriormente foi informado que nem os militares e nem o governo israelense confirmaram a morte dos dois “terroristas”.
A operação criminosa – dentre milhares de outras desde o dia 7 de outubro – foi autorizada diretamente pelo genocida primeiro-ministro Benjamin Netaniahu. Ele foi informado sobre a existência de reféns na região. Netaniahu teria recebido informações sobre “danos colaterais” (podemos entender assim: se matarmos uma, duas ou três centenas de pessoas, tá tudo bem, isso seria “danos colaterais” na cartilha criminosa do primeiro-ministro).
Da mesma forma como vem fazendo há nove meses, Netaniahu declarou ainda que o “Hamas está com os dias contados”, prometendo ainda eliminar todos os chefes militares do grupo e resgatar os cidadãos israelenses sequestrados. Pura falácia. O Hamas está mais vivo do que nunca e a Resistência segue ereta e pujante rumo à vitória.