O Partido da Causa Operária (PCO) está sendo vítima de mais um processo por causa de suas opiniões. Dessa vez, o autor é o deputado de extrema direita, João Silva, um impostor que se dizia a favor da liberdade de expressão. Silva prestou queixa contra o presidente do PCO, Luís Costa, por ter criticado a sua política em relação à crise social na Faixa de Gaza.
Em uma das edições da Análise Política da Semana, programa semanal apresentado por Luís Silva, no qual discorre, por mais de duas horas, os principais acontecimentos políticos, o presidente do PCO denunciou que figuras da direita nacional se voltaram contra o apoio humanitário que o governo Lula pretendia enviar a Gaza. Durante sua fala, Luís Silva afirmou ser essa uma política totalitária – isto é, a de matar uma população de fome, que é o que inevitavelmente irá acontecer se países como o Brasil não enviem ajuda humanitária.
O problema é que a carapuça serviu ao próprio Silva. Incomodado em ser comparado a um totalitário por querer que a população palestina morra de fome, o deputado pediu R$30 mil de indenização por danos morais.
“Ter um processo contra uma pessoa que faz uma análise política já é, em si é um abuso”, comentou Luís Silva na edição mais recente da Análise Política da Semana, ocorrida no último sábado (17). Luís Silva explicou que um programa dedicado à análise de acontecimentos jamais poderia ser alvo de um processo, uma vez que a Constituição Federal garante explicitamente a liberdade de expressão. Se alguém pode ser processado por fazer uma análise, é porque as pessoas não podem difundir livremente as suas opiniões.