As propostas de campanha dos candidatos à presidência dos Estados Unidos defendem a adoção de impostos sobre as importações como forma de proteger os fabricantes do país contra a concorrência de outros mercados, como a China.

Segundo o jornal The New York Times, tal plano é uma reversão do posicionamento visto no país em 2016, quando muitos republicanos e democratas acreditavam que a adoção dos impostos sobre as importações gerava uma ineficiência econômica, e que o comércio mais livre era o melhor a ser feito para o crescimento.

No entanto, a perda de empregos na indústria como resultado da globalização e o foco chinês em exportar itens baratos geraram uma reação bipartidária contra a abertura do comércio.

De um lado, Trump defende a adoção de impostos de 10% a 20% sobre a maioria das exportações, assim como uma sobretaxa de mais de 60% sobre os produtos chineses – o que poderia se refletir em alta dos preços para o consumidor.

Kamala Harris, entre os democratas, criticou as propostas de Trump por conta de seu impacto nos preços para as famílias de classe média – a estimativa aponta um aumento de custos em quase US$ 4 mil por ano.

A equipe democrata não abordou esse ponto de forma muito clara, mas um porta-voz da campanha disse que Kamala Harris iria “empregar impostos direcionados e estratégicos para apoiar os trabalhadores americanos, fortalecer nossa economia e responsabilizar nossos adversários”.

No governo Joe Biden, não só as tarifas iniciais adotadas pelo governo Trump foram mantidas como foi proposto um acréscimo de US$ 18 bilhões em novos impostos sobre alguns produtos chineses, incluindo uma tributação de 100% sobre os veículos elétricos.

O governo também propôs novas tarifas sobre baterias de veículos elétricos, semicondutores, aço e produtos médicos, com o objetivo de manter em atividade as fábricas norte-americanas dos respectivos segmentos.

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Última Atualização: 27/08/2024