
Durante o trajeto para apresentar o programa UOL News, na manhã de sábado, o veículo do jornalista foi parado duas vezes por policiais armados na capital paulista. Após verificarem os dados, os agentes constataram que o mandado era, na verdade, direcionado a uma mulher de 27 anos, liberando Sakamoto.
Embora todos os demais dados do documento, como RG, filiação e data de nascimento, fossem da mulher, o CPF inserido era o do jornalista, dado essencial para as buscas policiais.
O erro, considerado grave por especialistas e entidades, foi assinado pelo juiz Sergio Decker, da Vara Criminal de Nova Esperança, no Paraná. Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a situação é alarmante e exige esclarecimentos imediatos por parte do Judiciário e das forças policiais.
“O Judiciário e a polícia precisam explicar os procedimentos que foram adotados e como isso aconteceu. A alegação de erro não convence, tendo em vista que os números [de CPF] são muito diferentes”, apontou a entidade.
Sakamoto já foi alvo de ameaças, agressões e campanhas de difamação, o que torna o episódio ainda mais preocupante. Seus advogados solicitarão a correção urgente do erro e a notificação do equívoco a nível nacional. Até o momento, o CPF do jornalista ainda consta no sistema vinculado ao mandado de prisão. A Justiça do Paraná e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foram procuradas, mas ainda não se pronunciaram.