O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima decidiu, nesta quinta-feira 31, suspender as investigações sobre o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Samir Xaud, por suposto envolvimento em um esquema eleitoral no estado.

Na quarta-feira 30, Xaud foi um dos alvos da Operação Caixa Preta, deflagrada pela Polícia Federal. O desembargador Jesus Nascimento ordenou que a suspensão vigore até o julgamento do mérito de um habeas corpus protocolado pela defesa do dirigente.

A avaliação do magistrado é que os elementos reunidos são insuficientes para justificar a inclusão de Xaud na lista de alvos da apuração. 

A operação de quarta também teve mirou a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) e o marido dela, o empresário Renildo Lima. A justificativa da PF para incluir Xaud foi uma menção a ele em um áudio de Renildo.

“O fumus boni iuris restou evidenciado pela ausência de justa causa para a investigação penal, pois essa mera referência à pessoa do ora paciente não pode ser considerada suficiente para justificar a investigação criminal, para o que se torna imprescindível a reunião de outros elementos capazes de confirmar a premissa adotada na decisão questionada”, diz a decisão desta quinta.

A investigação começou em setembro de 2024, após a apreensão de 500 mil reais às vésperas do pleito municipal. Lima foi detido naquela ocasião em Boa Vista — ele carregava uma parte do dinheiro na cueca. 

Samir Xaud, 41 anos, assumiu o comando da CBF em maio. Ele foi candidato a deputado federal por Roraima em 2022, mas não foi eleito. Seu pai, Zeca Xaud, foi presidente por mais de 40 anos da Federação Roraimense de Futebol.

“Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem”, disse Xaud em nota encaminhada pela CBF.”Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro.”

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Last Update: 31/07/2025