
A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta segunda-feira (2) a soltura de MC Poze do Rodo. O cantor, preso na última quinta-feira (29), teve a prisão temporária revogada por decisão do desembargador Peterson Barroso, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
Segundo o magistrado, a medida não se sustentava e deveria atingir os chefes do crime, e não o artista. Poze continuava em Bangu 3 até a noite, aguardando a liberação oficial.
Poze deverá cumprir medidas cautelares como comparecimento mensal em juízo, entrega do passaporte e proibição de contato com investigados.
“Decisão serena que restabelece a liberdade e dá espaço à única presunção existente no direito: a de inocência”, declarou o advogado Fernando Henrique Cardoso Neves.
A condução do funkeiro, mesmo feita sem resistência, foi registrada de forma violenta: o cantor foi algemado em casa, sem camiseta e sem calçados, jogado contra a parede e conduzido à delegacia com a cabeça abaixada por agentes.
O caso trouxe comparações à prisão do bolsonarista Roberto Jefferson, que atirou em policiais e mesmo assim foi tratado com cordialidade. Jefferson chegou a tomar café com um agente federal após ferir uma policial.
Poze é investigado por apologia ao crime e suposto envolvimento com o tráfico. Segundo a Polícia Civil, suas apresentações ocorreriam em áreas ligadas ao Comando Vermelho.
A defesa do cantor afirma que há uma tentativa recorrente de criminalizar o funk, comparando a situação atual com a perseguição ao samba em décadas anteriores.
MC Poze do Rodo é preso por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico ( comando vermelho) no Rio de Janeiro 🔥 pic.twitter.com/tVy0UWYw4h
— Piuigiron (@virais_video) May 29, 2025