A Justiça Eleitoral concedeu liberdade a cinco pessoas que foram presas pela Polícia Federal na Operação Fundo no Poço, deflagrada recentemente para investigar um suposto esquema de desvio de verbas partidárias do PROS em 2022. No ano passado, o partido foi incorporado pelo Solidariedade.
Dos sete presos pela PF, dois permanecem detidos: o presidente licenciado do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, e Felipe Espírito Santo, secretário de assuntos legislativos da sigla.
O advogado Bruno Pena contou com uma decisão favorável do ministro do Tribunal Superior Eleitoral Raul Araújo, na sexta-feira, sob o argumento de que não há provas para manter a prisão.
“Não há indicação concreta de quais empresas foram criadas, tampouco por quais meios e em quais datas, apenas como exemplo, sendo genéricas as razões lançadas acerca do preenchimento dos requisitos de ordem pública e conveniência para instrução criminal, sob o fundamento de que o paciente poderia, ainda, ‘manipular provas’”, escreveu o magistrado.
Já neste sábado, o juiz Lisandro Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, concedeu liberdade provisória a Armisson Gonçalves de Lima, Cíntia Lourenço da Silva, Alessandro Sousa da Silva e Fabrício George Gomes da Silva.
As investigações nasceram de uma denúncia do então presidente do PROS Marcus Vinícius Chaves de Holanda, que acusa Eurípedes Júnior de desviar aproximadamente 36 milhões de reais da sigla.
Na última segunda-feira, o Solidariedade elegeu como seu novo presidente Paulinho da Força (SP).