Pablo Marçal e Guilherme Boulos. Foto: Divulgação

A Justiça Eleitoral de São Paulo ordenou que o candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), publique vídeos com direito de resposta ao também candidato Guilherme Boulos (PSOL) em suas redes sociais. A decisão foi motivada por insinuações feitas pelo coach durante o debate na TV Band, onde ele sugeriu que o deputado seria usuário de drogas, sem apresentar qualquer prova concreta, o que resultou em ações eleitorais contra ele.

Atualmente, existem três execuções provisórias de sentença em favor de Boulos contra Marçal, e os vídeos que deverão ser publicados já foram enviados e autorizados pelo Judiciário. O juiz eleitoral Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, em duas decisões distintas, ordenou que o empresário divulgue o vídeo resposta de Boulos em suas contas no YouTube, Instagram, X (antigo Twitter) e TikTok.

Em outra decisão complementar, o juiz auxiliar Murillo D’Avila Vianna Cotrim, também da 2ª Zona Eleitoral, reforçou a necessidade de publicação do direito de resposta. Marçal tem um prazo de 48 horas para cumprir as determinações judiciais.

Guilherme Boulos rebate as acusações de Pablo Marçal, afirmando que as declarações são “invenções absurdas” que buscam prejudicar sua reputação e família. “Na democracia, há espaço para todas as opiniões, mas não para quem espalha mentiras e agride os outros por falta de propostas”, declarou ele.

Durante a gravação, ele também compartilha o impacto das acusações em sua vida pessoal, destacando como a insinuação de que ele seria usuário de drogas afetou suas filhas adolescentes.

“Imagina ser pai de duas filhas adolescentes e ver alguém inventar uma mentira na televisão e nas redes sociais dizendo que você usa drogas. Minhas filhas chegaram em casa chorando porque ouviram isso na escola”, desabafou Boulos.

Pablo Marçal comentou sobre o caso, afirmando que não vê problemas em conceder o espaço nas redes sociais para Boulos. No entanto, ele destacou que considera o assunto encerrado apenas se o deputado realizar um exame toxicológico, declaração feita após um debate promovido pela revista Veja.

Ao conceder os pedidos de resposta a do candidato do PSOL, o juiz Rodrigo Colombini argumentou que as imputações feitas pelo coach “extrapolam os limites da liberdade de expressão e do debate político, configurando unicamente ofensas à honra do candidato autor”.

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Last Update: 20/08/2024