A Justiça dos Estados Unidos negou, nesta quinta0feira (6), um pedido de liminar do bilionário Elon Musk para barrar a transição da OpenAI, empresa dona do ChatGPT, para um modelo de negócio sem fins lucrativos.
Há meses, Musk e Sam Altman, CEO da OpenAI, trocam acusações públicas. Neste último capítulo, a juíza Yvonne Gonzalez Rogers, de Oakland, na Califórnia, entendeu que o bilionário dono do X não apresentou elementos suficientes para bloquear a transição da OpenAI.
Na ação, Musk alega que a startup se desviou de sua fundação, que deveria ser desenvolver a inteligência artificial para o bem da humanidade, em vez de focar em lucro corporativo.
“Esperamos que o júri confirme que Altman aceitou as contribuições filantrópicas de Musk sabendo muito bem que elas deveriam ser usadas para o benefício do público, e não para seu próprio enriquecimento”, afirmou Marc Toberoff, advogado de Musk.
Já a OpenAI informou que o processo “sempre foi sobre competição”, uma vez que Musk lançou o rival xAI.
Entenda o caso
Elon Musk foi um dos cofundadores da OpenAI, inicialmente uma organização sem fins lucrativos. Em 2018, ele deixou a startup. Desde então, o bilionário passou a fazer críticas a Altman. E, nos últimos meses, ambos passaram a fazer acusações e críticas públicas.
Em fevereiro, Musk tentou comprar a controladora da OpenAI por US$ 97,4 bilhões (cerca de R$ 550 bilhões). Em resposta, Altman publicou no X que a OpenAI faria uma oferta para comprar o X por um décimo do valor (R$ 55 bilhões).
Atualmente, a OpenAI é uma das empresas mais importantes do mundo no segmento de inteligência artificial. Este ano, ela deve multiplicar seu valor de mercado por meio de nova rodada para receber investimentos.
Hoje, a empresa é avaliada em aproximadamente R$ 750 bilhões. A expectativa da controladoria da OpenIA é captar mais R$ 1,4 trilhão, de acordo com o jornal Financial Times.
A Microsoft é uma das principais empresas investidoras da OpenAI.
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