Justiça militar de SP condena PMs por escolta ilegal de delator do PCC

A Justiça Militar de São Paulo proferiu a condenação de 11 policiais militares envolvidos na prestação de serviços de segurança particular para Vinícius Gritzbach. O empresário, que atuava como colaborador da Justiça contra a facção criminosa PCC, foi executado no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.

De acordo com a decisão judicial, os agentes realizavam uma escolta clandestina, atividade proibida pelo regimento interno da corporação. No total, o Ministério Público havia denunciado 15 policiais pelo esquema, mas quatro deles foram inocentados durante o julgamento. As penas aplicadas variam entre três e oito anos de reclusão.

Como a maioria dos condenados já estava detida preventivamente há quase um ano e as sentenças individuais não ultrapassaram o teto de quatro anos para permanência em regime fechado, o grupo deve progredir para o regime semiaberto.

As defesas podem recorrer da decisão.

O caso ganhou repercussão nacional por expor a vulnerabilidade do sistema de proteção a testemunhas e a infiltração do crime organizado em estruturas de segurança pública. Enquanto o Tribunal Militar tratou das infrações administrativas e disciplinares dos agentes, a Justiça comum segue com o processo sobre o homicídio de Gritzbach.

Seis indivíduos já respondem criminalmente pela execução, enquanto o suposto mentor intelectual do assassinato permanece foragido. O delator era peça-chave em investigações que miravam esquemas bilionários de lavagem de dinheiro da facção por meio de criptomoedas e imóveis.

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