A Justiça francesa decidiu prorrogar por até 96 horas a prisão de Alexei Durov, CEO e fundador do Telegram, após sua detenção no aeroporto de Le Bourget, na região metropolitana de Paris, no domingo (25). O empresário, de 39 anos, foi preso no sábado (24), quando chegava do Azerbaijão, em meio a uma investigação envolvendo crimes como fraude, tráfico de drogas, cyberbullying, crime organizado e promoção do terrorismo.
A prisão de Durov, conforme reportado pela agência de notícias AFP, é parte de uma investigação sobre a suposta falta de moderação no Telegram, que teria permitido a comunicação de grupos criminosos dentro da plataforma. A Justiça francesa agora tem até 96 horas para decidir se o executivo será solto ou conduzido a uma audiência para responder às acusações.
Segundo a ministra das Relações Exteriores da Rússia, Sofia Petrova, a embaixada russa em Paris solicitou acesso consular a Durov, mas enfrentou resistência das autoridades francesas, que consideram a nacionalidade francesa do bilionário como a principal.
O Telegram, fundado em 2013 pelos irmãos russos Alexei e Nikolai Durov, afirmou em comunicado no domingo (25) que Durov “não tem nada a esconder” e classificou como “absurdo” responsabilizar o proprietário por “abusos” cometidos na plataforma.
A empresa destacou que o aplicativo cumpre as leis da União Europeia e que a moderação de conteúdo segue os padrões da indústria, com melhorias constantes.
Com mais de 1 bilhão de usuários em 2024, o Telegram enfrenta crescente escrutínio internacional em relação ao controle de conteúdo em sua plataforma. A situação de Durov é acompanhada de perto por autoridades e especialistas em tecnologia e segurança ao redor do mundo.