O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Foto: Rebecca Cook/Reuters

A Justiça americana arquivou o processo criminal por posse ilegal de documentos sigilosos contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump nesta segunda-feira. A decisão é da juíza Aileen Cannon, que foi indicada para o posto pelo próprio ex-mandatário.

A ação foi apresentada por Jack Smith, conselheiro especial do Departamento de Justiça, e a magistrada rejeitou o processo por argumentar que a indicação dele para o posto violou a Constituição do país por não ter sido apontada pelo presidente ou confirmada pelo Senado.

“A moção para arquivamento do ex-presidente Donald Trump com base na indicação e financiamento ilegal do conselheiro especial Jack Smith é concedida de acordo com essa ordem. A acusação é arquivada porque a indicação do conselheiro especial Smith viola a cláusula de indicações da Constituição dos Estados Unidos”, diz a decisão de Cannon.

A acusação foi apresentada em junho do ano passado e vinha se arrastando pela Justiça desde então. O arquivamento ocorre dois dias depois de Trump ser alvo de um atentado em comício na Pensilvânia e no mesmo dia em que começa a convenção republicana, que vai oficializar sua candidatura.

Caixas de documentos sigilosos foram armazenadas em banheiro de seu resort em Mar-a-Lago. Foto: Divulgação/Departamento de Justiça dos EUA

Segundo a denúncia contra Trump, ele e seus assessores levaram caixas de papéis do governo que não deveriam ter deixado Washington para seu resort em Mar-a-Lago, na Flórida. O FBI fez operações no local e descobriu que os documentos foram manuseados diversas vezes e chegaram a ser armazenados em um banheiro.

Esses documentos possuem “informações sobre as capacidades de defesa e armamentos tanto dos EUA quanto de países estrangeiros; programas nucleares, vulnerabilidades potenciais do país e de seus aliados a ataques militares; e planos para possíveis retaliações em resposta a ataques estrangeiros”, segundo a denúncia.

O julgamento do caso chegou a ser marcado para o dia 20 de maio, mas foi adiado indefinidamente pela juíza, que vinha sendo criticada pela demora. Trump comemorou sua decisão na Truth, sua própria rede social, e afirmou ser alvo de uma “Caça às Bruxas” promovida pelo presidente Joe Biden.

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Última Atualização: 15/07/2024