Na segunda-feira (5), a Justiça dos Estados Unidos condenou o Google por violar leis para manter seu monopólio no sistema de buscas. O processo avaliou que a empresa promoveu práticas anticompetitivas ao violar legislação antitruste.
O juiz do Distrito de Columbia, Amit P. Mehta, em ação iniciada em 2020 pelo Departamento de Justiça, considerou que o Google é monopolista e agiu para se manter assim.
O juiz concluiu que a empresa impedia que os rivais competissem. Foi observado que o Google manipulava resultados e fazia que fabricantes vendessem seus produtos com o mecanismo de busca já instalado, principalmente em smartphones. Para isso, a empresa despendeu bilhões de dólares para que produtos da Apple e Samsung fossem vendidos com o buscador já instalado, assim como para que o buscador fosse padrão em navegadores como Mozilla Firefox.
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A multa a ser paga ainda será determinada. Além disso, a empresa poderá ter que modificar o seu negócio como forma de estimular a competição no segmento em que atua.
A decisão é considerada um grande acontecimento para colocar limite às gigantes da tecnologia, as chamadas de big techs, entre elas Meta (Facebook, Whatsppp), Amazon e Apple. O julgamento foi acompanhado de perto por estas empresas que podem ser as próximas a passarem por avaliação sobre práticas comerciais abusivas.
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No caso do Google, a situação tem uma agravante, pois, ao deter o sistema de buscas online quase que de forma única em diversos países, os dirigentes da empresa controlam, de certa maneira, o que é ou não acessível à população, assim como podem impor e influenciar tendências sem nenhuma transparência sobre os seus atos.
A holding Alphabet, controladora do Google, irá apelar, portanto a disputa deverá se estender nos próximos anos. Estima-se que o Google tenha 90% do mercado global de buscas, sendo o principal motor de publicidade online.
*Com agências internacionais