A Justiça Eleitoral determinou que a Record TV conceda um direito de resposta ao deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), no programa “Balanço Geral”.
A decisão ocorre após o empresário Pablo Marçal (PRTB) ter afirmado ao apresentador Reinaldo Gottino, na última sexta-feira, que Boulos é usuário de cocaína. O candidato afirmou, por meio do gesto de levar a mão ao nariz e aspirar, que este é o único fato que define seu adversário político.
A sentença, à qual o F5 teve acesso, foi proferida pela juíza eleitoral Claudia Barrichello. Na ação, Marçal alegou que estava tapando as narinas devido a um odor no estúdio da emissora.
No entanto, a juíza discordou dessa versão, considerando o gesto uma clara ofensa pessoal a Boulos, ainda que de forma indireta.
Segundo a magistrada, certamente o gesto não tem nenhuma referência a odor desagradável e qualquer pessoa que assiste o vídeo imediatamente o relaciona ao uso de substância entorpecente (cocaína) pelo candidato Guilherme Boulos. A tese de defesa é criativa, mas não convence.
A Justiça Eleitoral deu um prazo de 48 horas para que a Record exiba o direito de resposta de Boulos.
Uma reportagem da Folha de S.Paulo revelou que Marçal usou um processo contra um homônimo para elaborar um suposto dossiê contra o deputado.
O processo, na verdade, refere-se a Guilherme Bardauil Boulos, um empresário que concorre a uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo pelo Solidariedade e apoia a candidatura de Ricardo Nunes (MDB). O nome do candidato do PSOL é Guilherme Castro Boulos.