A disputa pelo comando do PT em Minas Gerais ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira 7, após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) derrubar a liminar que havia autorizado a candidatura da deputada federal Dandara Tonantzin à presidência do diretório estadual.
A decisão retoma a validade do indeferimento feito pela direção nacional do partido, abrindo caminho para que a votação, suspensa no domingo 6, seja remarcada nos próximos dias.
A candidatura de Dandara havia sido inicialmente barrada pelo partido sob o argumento de inadimplência com a contribuição partidária. Ela contestou a decisão, alegando ter realizado o pagamento no prazo, mas que o valor não foi compensado por falha do banco.
O argumento foi inicialmente acolhido em primeira instância, o que levou ao adiamento da eleição em Minas. No entanto, ao analisar o recurso do diretório nacional, o TJDFT entendeu que não houve comprovação suficiente de erro bancário e que a Justiça não deveria intervir nas regras estabelecidas internamente pela sigla.
Com a reversão da liminar, a direção do PT em Minas Gerais marcou uma reunião para esta terça-feira 8, às 17h, visando definir uma nova data para a eleição estadual. A expectativa é que o pleito ocorra no próximo domingo 13.
A controvérsia em Minas Gerais tem repercussão direta na eleição nacional do partido. Com cerca de 10% do eleitorado interno do PT, o estado é o terceiro maior colégio da legenda e ficou de fora da votação realizada no último domingo.
A contagem dos votos nacionais está em andamento, mas a ausência dos dados mineiros atrasou a consolidação dos resultados finais. Nos bastidores, o favoritismo do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é dado como praticamente consolidado.
