Justiça decreta prisão preventiva de PM que matou marceneiro correndo para pegar ônibus

A Justiça de São Paulo decretou, nesta sexta-feira 15, a prisão preventiva (por tempo indeterminado) do policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, acusado pelo assassinato do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, em Parelheiros, na zona sul da capital. O PM também se tornou réu no caso.

A decisão, da juíza Paula Marie Konno, atende a solicitações feitas pelo Ministério Público na quinta-feira 14. Em documento encaminhado à Justiça, o órgão destacou que a liberdade do autor do crime apresenta risco para a coleta de evidências, e defendeu a prisão preventiva como “essencial para garantir a tranquilidade da instrução”.

O caso aconteceu no dia 4 de julho. Segundo constam nos autos, o PM estava de folga no dia do crime, e foi alvo de uma tentativa de roubo de sua motocicleta, por dois homens que também chegaram sob uma moto. O policial teria disparado contra os suspeitos, que conseguiram fugir a pé. Momentos depois, o agente teria avistado Guilherme, do outro lado da rua, correndo. O PM se aproximou da vítima, supondo ser um dos criminosos, e efetuou três tiros contra a vítima, pelas costas. Um dos disparos atingiu a cabeça de Guilherme, que faleceu por traumatismo cranioencefálico.

A vítima corria para pegar um ônibus. Guilherme trabalhava como marceneiro em uma fábrica de camas e havia acabado de sair do trabalho. Pouco antes do crime, ele avisou a esposa que já estava indo embora. Nas redes sociais, também publicou uma foto batendo o ponto no trabalho.

Ao lado do corpo da vítima foram encontrados uma marmita, talheres, um livro e o uniforme de trabalho.

A juíza ainda destacou que o policial agiu com intenção homicida, impelido por motivo torpe e que se utilizou de recurso que dificultou a defesa da vítima. O PM vai responder por homicídio doloso.

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