O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, decretou nesta segunda-feira 3 a falência da Editora Três, responsável por publicar as revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro.
A decisão resultou do descumprimento de obrigações do atual plano de recuperação judicial em relação a credores. Intimada, a empresa não negou a ausência de pagamento e disse que empenhava esforços para quitar os débitos de forma parcelada.
Iniciado em 2021, este é o segundo pedido de recuperação judicial do Grupo Três — o primeiro começou em 2007 e terminou em 2018.
Segundo o magistrado, a administradora judicial descreveu a ausência de pagamento de credores, especialmente os trabalhistas. A editora, por sua vez, solicitou novamente o encerramento do processo de recuperação, mas Oliveira Filho negou o pedido e decretou a falência.
A administradora judicial terá dez dias para apresentar à Justiça a relação de credores, descontando valores pagos durante a recuperação judicial e incluindo os créditos que não estavam submetidos ao processo.
O juiz também determinou a suspensão de ações e execuções contra a empresa e ordenou a manutenção de um endereço eletrônico com informações atualizadas e com a opção de consulta às peças principais do processo.
Em 24 de janeiro, a Editora Três havia anunciado o fim das versões impressas de IstoÉ e IstoÉ Dinheiro. Em um comunicado enviado aos jornaleiros, a companhia informou que as publicações seriam exclusivamente digitais.