A Justiça de Nova York arquivou as acusações contra cerca de 30 manifestantes que defendiam a causa palestina e foram detidos durante a ocupação de um edifício na Universidade de Columbia em abril, anunciaram os porta-vozes do grupo após a audiência.
Em 30 de abril, 46 pessoas que se haviam refugiado na universidade privada nova-iorquina, no contexto dos protestos contra a guerra em Gaza, foram detidas durante a desocupação policial e acusadas de invasão em terceiro grau.
Nesta quinta-feira, compareceram perante a Justiça no mesmo tribunal de Nova York onde um júri havia declarado o ex-presidente americano culpado de ocultar pagamentos para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô.
O promotor informou que seu escritório retirava as acusações contra 30 manifestantes por falta de provas. A Promotoria havia arquivado as acusações contra outro estudante que participou das manifestações contra a guerra lançada por Israel em Gaza.
Ao restante dos réus, a Justiça nova-iorquina deu seis meses para retirar as acusações, caso não cometessem nenhum delito durante esse período.
Ao final da audiência, porta-vozes dos estudantes acusaram o Estado de tentar dividir os manifestantes e prometeram continuar na luta em favor da causa palestina.
“Não vamos abandonar nossos companheiros ou apoiar tacitamente a definição estatal de protestos legítimos ou ilegítimos”, disseram os porta-vozes em uma declaração, acompanhados por dezenas de companheiros.
A Universidade de Columbia foi o epicentro dos protestos que se propagaram em abril por outros centros universitários do país e do mundo.