A taxa média cobrada nos empréstimos pessoais pelos seis principais bancos do país subiu para 8,23% ao mês em abril de 2025. O dado consta em levantamento realizado pelo Procon-SP, que apontou uma elevação de 0,22 ponto percentual em relação a março.
Esse é o maior índice registrado nos últimos cinco anos. Em abril de 2021, a taxa média era de 6,11% ao mês, o que representa um aumento de 2,1 pontos percentuais no período.
Bradesco lidera aumento e Banco do Brasil também reajusta
Entre os bancos analisados, o Bradesco foi o que apresentou o maior aumento mensal. A taxa subiu de 8,25% para 9,45% ao mês — variação de 1,20 ponto percentual, ou 14,54% a mais.
O Banco do Brasil também ajustou sua taxa, que passou de 6,50% para 6,58% ao mês. A variação foi de 1,23%. Os demais bancos pesquisados — Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander — mantiveram seus percentuais.
A pesquisa foi feita com base nas taxas praticadas em 2 de abril de 2025.
Cheque especial permanece no teto de 8%
No caso do cheque especial, a taxa média foi de 7,96% ao mês. Não houve alterações em relação ao mês anterior. O Banco Central, por meio da Resolução nº 4.765/2019, estabelece o limite máximo de 8% ao mês para essa modalidade de crédito para pessoa física.
Esse teto continua sendo observado pelas instituições financeiras consultadas.
Especialistas recomendam atenção ao Custo Efetivo Total
O Procon-SP alerta que, antes de contratar qualquer crédito, o consumidor deve comparar não só a taxa de juros, mas o Custo Efetivo Total (CET). Esse indicador inclui encargos como tarifas, impostos e seguros embutidos na operação.
A recomendação é que a comparação entre propostas de crédito seja feita usando o mesmo valor e prazo. Isso garante maior precisão na avaliação e evita surpresas com custos adicionais.
Crédito deve ser contratado com cautela
Embora a variação da taxa de juros tenha sido considerada pequena, especialistas destacam que os níveis continuam elevados. Por isso, a recomendação é que o crédito pessoal seja utilizado apenas em situações de necessidade.
O Procon-SP reforça que a contratação de dívidas pode comprometer o orçamento familiar, aumentando o risco de superendividamento.