Juliana Cardoso manifesta solidariedade a Padre Júlio Lancelotti e alerta para riscos de silenciamento pastoral

Parlamentar afirma que a fé cristã se fortalece quando está ao lado dos mais pobres e defende diálogo dentro da Igreja

A deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP) manifestou solidariedade ao Padre Júlio Lancelotti, sacerdote reconhecido nacionalmente por sua atuação junto à população em situação de rua. A Arquidiocese de São Paulo determinou a suspensão das transmissões de missas ao vivo e das atividades do padre nas redes sociais, além da possibilidade de seu afastamento da Paróquia São Miguel Arcanjo, onde atua há mais de 40 anos.

Em pronunciamento e em iniciativa protocolada na Câmara dos Deputados, a parlamentar destacou que sua posição não se trata de um ataque à Igreja Católica, mas de uma defesa do papel histórico da fé cristã na promoção da dignidade humana, da justiça social e do cuidado com os mais vulneráveis.

Evangelho na prática

“O Padre Júlio construiu sua trajetória vivendo o Evangelho na prática, junto de quem mais precisa. Em um país marcado pelo aumento da fome e da exclusão, é fundamental preservar e valorizar experiências pastorais que levam acolhimento, esperança e humanidade às pessoas invisibilizadas”, afirmou a deputada.

Juliana Cardoso ressaltou que a Igreja Católica tem uma longa tradição de compromisso social no Brasil, especialmente por meio das Comunidades Eclesiais de Base, das pastorais sociais e da opção preferencial pelos pobres, princípios que, segundo ela, ajudaram a consolidar uma fé viva e comprometida com a realidade do povo.

“A fé cristã não se enfraquece quando se aproxima dos pobres. Ela se fortalece. O Evangelho não é silêncio diante da dor, é presença”, declarou.

Padre Júlio Lancelotti tem sua vida dedicada a auxiliar populações de rua em São Paulo. Foto: Reprodução Twitter Padre Júlio

Impacto social

A deputada também chamou atenção para o impacto social das medidas adotadas, lembrando que milhares de pessoas acompanham as missas e as mensagens transmitidas por Padre Júlio, muitas delas sem acesso regular a espaços institucionais de acolhimento ou apoio espiritual.

“É preciso diálogo, discernimento e escuta. Medidas que resultam em silenciamento pastoral afetam não apenas um sacerdote, mas toda uma rede de pessoas que encontram ali apoio material e espiritual”, pontuou.

A iniciativa de Juliana Cardoso foi bem recebida por movimentos sociais, lideranças católicas progressistas e defensores dos direitos humanos, que veem no posicionamento da deputada uma tentativa de ampliar o debate público sem confrontar a fé ou os fiéis.

Para a parlamentar, o momento exige responsabilidade institucional e sensibilidade social. “O Brasil precisa de mais pontes e menos afastamentos. Mais cuidado e menos indiferença. Defender o Evangelho vivido não divide a Igreja, fortalece sua missão”, concluiu.

Assessoria de Comunicação deputada Juliana Cardoso

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