
O Supremo Tribunal Federal se prepara para julgar a antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal, acusada de omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro. O caso é visto por ministros e advogados como um teste para o futuro julgamento de Jair Bolsonaro (PL), já que envolve crimes semelhantes e será analisado pela mesma turma do STF.
A Procuradoria-Geral da República pediu a condenação dos sete oficiais investigados. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deve liberar o processo para julgamento nas próximas semanas.
A lista de réus inclui os ex-comandantes Fábio Augusto Vieira e Klepter Rosa Gonçalves, além de cinco outros oficiais que estavam em funções estratégicas durante os atos.
O grupo é acusado por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. A denúncia destaca falhas na preparação da segurança e o conteúdo de mensagens trocadas entre os envolvidos, que indicariam apoio ao movimento antidemocrático.
Entre os réus, estão Jorge Naime Barreto e Paulo José Ferreira de Souza, que comandavam o Departamento de Operações, além de Marcelo Casimiro, responsável pela área da Esplanada dos Ministérios. Também estão no processo o major Flávio Silvestre Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins, que atuaram no choque da PM.

Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, há provas de que os oficiais omitiram de forma proposital e permitiram que os atos ocorressem sem resistência efetiva.
A defesa dos acusados nega envolvimento e afirma que os diálogos foram distorcidos e retirados de contexto. As alegações finais dos réus tentam transferir a responsabilidade para outros colegas da corporação. Um dos oficiais afirmou que alertou a chefia sobre o baixo número de efetivo, enquanto outros apontaram falhas no comando geral.
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