Na última terça-feira (24), a governadora Evghenia Guțul, da província autônoma de Găgăuzia, na Moldávia, foi detida no Aeroporto de Chișinău, pouco antes de viajar para Istambul (Turquia).
Segundo informações da imprensa local, ela está sob custódia do Centro (Comissão) Nacional Anticorrupção e deve permanecer por 72 horas. Promotores já pediram ao judiciário da Moldávia que seja decretada sua prisão preventiva por 30 dias. Ela foi presa no âmbito de um caso de suposta falsificação de documentos e gestão fraudulenta de fundos eleitorais na campanha de Găgăuzia, na primavera de 2023.
Guțul é conhecida por posições políticas favoráveis à Rússia, o que a torna um alvo do imperialismo. Destaca-se que em 2024, a Moldávia foi vítima de um golpe de Estado perpetrado pelo imperialismo. Durante as eleições presidenciais daquele ano, o governo pró-imperialista de Maria Sandu manobrou para fraudar as eleições, ao não enviar a infraestrutura necessária para que os Moldavos que vivem na Rússia exercessem seu direito ao voto.
Na quarta-feira (25), o Crêmlin (sede do governo russo), condenou a prisão da governadora, afirmou se tratar de uma prisão política para suprimir a oposição ao governo pró-imperialista da Moldávia.
Conforme noticiado pelo jornal Wallachian Gazette, nesta quinta-feira (26), políticos locais da província de Găgăuzi organizaram uma manifestação com a presença de várias centenas de habitantes locais em apoio ao governador. A manifestação foi realizada em Comrat, a capital da Unidade Territorial Autónoma de Găgăuzian.
Mihail Vlah, vice-governador de Găgăuzia, afirmou que a detenção de Guțul foi uma “ordem pessoal de Maia Sandu”.
Comentando sobre a situação, o Wallachian Gazette informa que a população de Găgăuzia odeiam Maia Sandu (a presidente pró-imperilaista), acrescentando que, em novembro passado, Maia Sandu obteve apenas 3% dos votos em Găgăuzia, o valor mais baixo em todos os distritos da Moldávia. “Mais pessoas votaram em Sandu na Transnístria do que em Găgăuzia”, destacou o jornal.
A Moldávia é um pequeno país no Leste Europeu que faz fronteira com a Ucrânia, especificamente com a província de Odessa, onde há importantes focos de resistência contra o regime pró-imperialista de Quieve, a capital. Na fronteira leste da Moldávia, há a região da Transnístria, cuja maioria da população é de russos e que reivindica soberania em relação à Moldávia, características que fazem com que o imperialismo busque controlar o regime político do país, para utilizá-lo contra a Rússia.
