Aos 17 anos, Isabella Furlan, estudante do ensino médio no Brazilian International School (BIS), concebeu o Desafio Pioneiro. A competição nacional mobilizou cinco mil estudantes com o objetivo de transformar ciência em empreendedorismo.
O projeto distribuiu R$ 30 mil em prêmios e conectou jovens ao mercado por meio de um formato totalmente online. Segundo Isabella, “o evento foi pensado para dar propósito à ciência, incentivando jovens a transformar suas ideias em soluções práticas que impactem o mundo.”
Um desafio com impacto nacional
O Desafio Pioneiro ocorreu entre outubro e novembro de 2024 e foi realizado em três etapas. Na primeira fase, os participantes desenvolveram pesquisas científicas e as converteram em planos de negócios.
Em seguida, os estudantes apresentaram pitches gravados e ao vivo para uma banca composta por investidores e CEOs renomados. Essa abordagem permitiu que os participantes recebessem feedback direto de especialistas do mercado.
O projeto vencedor foi o “Rover”, criado por Manoel Nunes, de Teresina (PI). Trata-se de um robô que monitora e facilita o tratamento de recursos hídricos, garantindo a ele o prêmio de R$ 15 mil.
Já o segundo lugar ficou com “Gestus”, de Renzo Honorato, de São José dos Campos (SP). A solução utiliza inteligência artificial para traduzir a língua de sinais em áudio e rendeu ao estudante R$ 10 mil.
Por fim, o terceiro prêmio, de R$ 5 mil, foi para “ByLock”. A marca de moda sustentável foi criada pelas estudantes Beatriz Lopes e Carolina Miki, colegas de Isabella no BIS.
“A competição mostrou como ciência e empreendedorismo podem se unir para transformar a sociedade e inspirar futuros cientistas-empreendedores”, afirma Isabella.
O início de uma jornada empreendedora
A paixão de Isabella por ciência e empreendedorismo começou na infância. “Quando criança, eu adorava montar kits de robótica e tinha interesse em criar algo próprio. Mesmo sem saber o que era empreendedorismo, sonhava em ter uma empresa ou produto meu”, relembra a jovem.
Antes de idealizar o Desafio Pioneiro, Isabella participou do Beta Camp, um programa canadense de empreendedorismo para adolescentes. Nesse projeto, ela ajudou a fundar a startup Soul Spark.
A startup desenvolveu uma inteligência artificial focada em saúde mental de adolescentes, oferecendo suporte para questões emocionais por meio de uma abordagem prática e acessível.
Atualmente, Isabella planeja cursar engenharia mecânica no exterior. Além disso, ela deseja fundar sua própria empresa de tecnologia. “O Desafio Pioneiro foi só o começo. Quero usar meu conhecimento para criar soluções reais e inovadoras.”
Apoio e incentivo à ciência e empreendedorismo
O Desafio Pioneiro contou com apoio da Ecom e do Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli). Também teve um corpo de jurados formado por empreendedores como Marcio Kogut e Victor Machado.
Segundo Audrey Taguti, diretora pedagógica do BIS, o projeto de Isabella reflete o impacto do incentivo ao empreendedorismo desde cedo. “Nosso objetivo é apoiar alunos para que explorem possibilidades dentro e fora da sala de aula. Isabella é uma aluna dedicada e promissora, e ficamos orgulhosos de ver o impacto de suas ideias.”
O evento demonstrou o potencial de iniciativas que conectam jovens talentos à ciência e ao mercado. Ele reforçou a importância de transformar conhecimento em soluções práticas que impactem positivamente a sociedade.