A jornalista Zhang Zhan, presa desde 2020 na China por expor crise de Covid-19. Foto: AFP

A jornalista chinesa Zhang Zhan, presa em 2020 acusada de “provocar distúrbios” ao divulgar hospitais lotados em Wuhan antes do início da pandemia de Covid-19, pode ter que cumprir uma nova pena. Ela gravava vídeos curtos no YouTube à época, antes da OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar o início da crise sanitária, e foi condenada a quatro anos de detenção.

Zhang foi liberada da prisão em maio de 2024, quando a condenação inicial chegou ao fim, e foi levada novamente para a cadeia três meses depois. Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Zhan está atualmente no Centro de Detenção de Pudong, em Xangai, por “provocar brigas e causar problemas”, e pode passar mais cinco anos no local.

No início da primeira detenção, a jornalista fez uma greve de fome e teve que ser alimentada à força por sondas nasogástricas durante meses. Ela só reapareceu publicamente nove dias após a data oficial de sua soltura, no ano passado, e parecia abatida.

O Instituto de Virologia de Wuhan, na China. Foto: Thomas Peter/Reuters

Entidades como a RSF e a Human Rights Watch (HRW) têm expressado preocupação com jornalistas independentes na China nos últimos anos. A organização de direitos humanos também apontou que os centros de detenção no país são precários, como alimentação mínima e cuidados de saúde rudimentares.

Outros jornalistas que cobriram a pandemia em Wuhan no mesmo período também foram detidos e a situação de Zhang Zhan é monitorada por organizações internacionais que avaliam as condições de liberdade de imprensa na China e em outras regiões.

O serviço de inteligência da Alemanha apontou que o coronavírus vazou do Instituto de Virologia de Wuhan em meio a testes em laboratórios para modificar o vírus. A ideia era testar se ele seria mais transmissível a humanos para fins de pesquisa.

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Last Update: 13/03/2025