Em recente vitória do Corinthians, o jogador Cacá, em um dos raros momentos em que um jogador fala o que pensa, afirmou na zona mista que “hoje é poucas (ideias), nem vou render muito, não. P** no c** da mídia e vai, Corinthians”, em uma declaração que alegrou qualquer pessoa que gosta de futebol.
A imprensa burguesa, obviamente, se revoltou. Um de seus principais representantes, o atual patrono da moralidade, Walter Casagrande disse que “ter atitude e personalidade passa bem longe da falta de educação, grosseria e baixaria”.
“O pior é que teve gente que deu os parabéns ao Cacá, alegando que ele bateu de frente com a imprensa com atitude e demonstrando personalidade”, completou Casão, que é um dos preferidos comentaristas quando o assunto é atacar o futebol brasileiro.
Obviamente, ao atacar a “mídia” o jogador se colocou contra todo o monopólio da imprensa que, diga-se de passagem, foi instrumento fundamental para o golpe de Estado de 2016, a derrubada de Dilma Rousseff e do PT. Nem falar na defesa da prisão de Lula, que foi uma das campanhas mais fortes da imprensa capitalista nas últimas décadas.
Cacá falou o que muitos jogadores de futebol pensam, que a imprensa não serve para outra coisa que não seja para atacar os jogadores e o futebol brasileiro. Não é à toa que vários craques de futebol dispensam entrevistas e participações em grandes meios de comunicação, pois eles trabalham diuturnamente contra o futebol brasileiro.
A imprensa capitalista, ela mesma uma indústria de calúnias, deve ser criticada sempre que possível, e a posição de Cacá está muito correta. Se não houvesse uma censura gigantesca, vários seriam os jogadores que diriam umas boas verdades sobre os jornais e jornalistas esportivos.
Cacá errou ao pedir desculpas. Não há nada a se desculpar diante da imprensa brasileira, que é uma lacaia dos interesses internacionais. No que toca ao futebol nacional, são várias e várias matérias que defendem o indefensável: que o futebol e o jogador brasileiro são ruins, em todos os sentidos. O bom, obviamente, é o gringo, sempre.
Já teve até a perturbada da Alicia Klein dizendo que o argentino gosta mais de futebol que o brasileiro. O esforço da imprensa é diário para atacar a maior paixão e maior patrimônio nacional, que é o futebol, e nada melhor que utilizar os europeus perdidos na América do Sul, no caso, os argentinos.
Disse Cacá, já sob efeito da pressão da imprensa: “Pessoal, gostaria de me desculpar pela minha atitude na zona mista. Estava de cabeça quente por alguns comentários que vi sobre o time mesmo com a vitória e tive um comportamento ruim. Quero valorizar a vitória do grupo e dizer ao torcedor que seguimos juntos. Respeito muito o papel e trabalho dos jornalistas. Página virada e seguimos em busca do melhor para o Corinthians”.
Casão, o santo do pau oco da Folha de S. Paulo, não se conformou com o pedido de desculpas de Cacá e disse: “É inadmissível uma figura pública como um jogador de futebol normalizar esse tipo de fala. Ser educado e respeitar as pessoas é uma obrigação básica do ser humano. Cacá, você é ótimo jogador, não dê ouvidos para quem achou a sua atitude legal e de personalidade, porque não foi”. Muito pelo contrário, tem que normalizar a crítica e, se for o caso, os xingamentos contra a imprensa capitalista.
Cacá, sua atitude foi ótima, e quiçá todos os jogadores pudessem falar o que pensam da imprensa brasileira, uma das principais inimigas do futebol brasileiro.
Essa imprensa, que esconde as atrocidades dos sionistas na Palestina, merece toda sorte de críticas e palavrões. É esta imprensa que tenta desestabilizar a seleção brasileira em todas as competições possíveis; é a imprensa que tem uma edição inteira pronta para atacar Neymar ou qualquer outro jogador que não reze sua cartilha. Parabéns, Cacá, e “p. n. c. da mídia”.