A Folha de S.Paulo parece ter perdido o padrão do ridículo ao noticiar, na manhã desta sexta-feira (19), a barba do senador de Ohio, JD Smith, escolhido por Donald Trump como vice-presidente dos Estados Unidos.
“E ele se parece com um millennial, exceto por uma coisa. Um detalhe inconfundível que —no estilo de seu companheiro de chapa, Donald Trump— não apenas subverteu a sabedoria política moderna, mas quebrou um tabu político de longa data: sua barba”, diz um trecho da reportagem da Folha.
O jornal, tratando a questão como um tabu, elaborou uma “linha do tempo” dos últimos políticos barbudos dos Estados Unidos que tentaram quebrar a “sequência de rostos lisos”.
“O último homem barbudo eleito presidente dos Estados Unidos foi Benjamin Harrison, em 1888. O último presidente com qualquer tipo de pelo facial foi William Howard Taft, eleito em 1908. O último vice-presidente com bigode foi Charles Curtis”, afirma outro trecho.
E completa: “O último candidato de um grande partido a tentar quebrar essa sequência de rostos lisos foi Thomas E. Dewey, que tinha um pequeno bigode elegante em seu lábio superior e concorreu, sem sucesso, à Presidência em 1944 e em 1948.”
A Folha ainda fez uma análise mais “profunda” sobre o “problema das barbas”, tratando-as como algo “suspeito” ou que “esconde algo”. O jornal até procurou a opinião de um especialista para discutir o assunto.
“A barba é frequentemente vista como suspeita. Ela esconde algo —talvez algo ainda mais revelador do que um queixo fraco. Sugere subterfúgio. Bem aparada, tem sido associada ao demônio Mefistófeles, que frequentemente era retratado com um cavanhaque, e ao Drácula. Quando não é aparada, lembra rebeldes como Fidel Castro e hippies”, diz mais um trecho da reportagem.
Vale destacar, no entanto, que o “barbudo” escolhido por Trump já foi um crítico fervoroso do ex-presidente. Em uma troca de mensagens antes da eleição de Trump, Smith perguntou se o republicano seria o “Hitler dos Estados Unidos” e, em 2017, disse que o então presidente era um “desastre moral”.
Ele também chegou a afirmar que Trump era uma “fraude total” que não se importava com as pessoas comuns e o chamou de “repreensível”.
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