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Por Anidayê Angelo
Da Página do MST
Após cinco dias intensos de formação, a Jornada de Alfabetização e Escolarização de Jovens e Adultos Nordeste chega ao seu encerramento no Centro de Formação Zumbi dos Palmares, em Atalaia (AL). Todos os educadores e educadoras que participaram da atividade agora retornam para os acampamentos e assentamentos com um plano estruturado para dar início às turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), reafirmando o compromisso com a luta por uma educação libertadora no campo.
O momento final da Jornada foi marcado pelo planejamento coletivo das aulas, troca de experiências e construção de estratégias para superar os desafios que podem surgir ao longo do processo educativo. A animação e o compromisso dos participantes evidenciam a importância dessa iniciativa para fortalecer a alfabetização como ferramenta de transformação social.
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Para Marcela Nunes, do Setor de Educação do MST em Alagoas, o encerramento da Jornada marca o início de um novo ciclo. “Agora é a hora de fazer acontecer! Cada educador e educadora que passou por essa formação volta para sua área carregando não só conhecimento, mas também muita disposição e coragem para transformar vidas através da educação. Nosso desafio é grande, mas também é bonito demais, porque ensinar a ler e escrever é dar ao povo Sem Terra mais uma ferramenta para lutar e resistir!” afirmou, com entusiasmo.
Com o encerramento da formação, os educadores e educadoras partem para as diversas regiões de Alagoas com o compromisso de iniciar as turmas de alfabetização e escolarização, levando adiante um processo educativo que valoriza a realidade do campo, a cultura popular e a construção do pensamento crítico. A Jornada reafirma que a educação é um dos pilares da Reforma Agrária Popular e segue fortalecendo a luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra.
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Fruto da organização dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, essa parceria do MST envolve a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e Ministério da Educação (MEC), fortalecendo a educação popular como ferramenta de transformação social.