*O presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados), MDB-SP, sinalizou que o partido irá caminhar com independências nas eleições presidenciais de 2026, sem alinhamento automático a qualquer candidatura e que o futuro do partido será definido em convenção nacional no ano que vem com voto dos diretórios e participação de militância. A declaração de Baleia Rossi foi dada durante o ato de filiação do ex-senador Alvaro Dias ao MDB, realizado na segunda-feira,15, em Curitiba (PR). Baleia confirmou que há articulações nos bastidores de Brasília para que o MDB participe de uma eventual chapa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive na condição de vice. Disse ainda que dentro do MDB há uma corrente que defende apoiar Lula e outros candidatos da centro-direita, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Júnior (PSD-PR).
*As trapalhadas do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), vêm se tornando recorrentes e causando desconforto até entre seus aliados. Desta vez, Motta decidiu levar para votação em plenário o pedido de perda do mandato do bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo STF por envolvimento na trama golpista, pegando de surpresa o Partido Liberal (PL). Segundo líderes aliados de Motta, o presidente da Câmara decidiu que a perda de mandato de Ramagem será dada pela Mesa Diretora da Casa, como o Supremo definiu em relação ao mandato da agora ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP).Lideranças do PL dizem que a avaliação no partido é de que a medida representa quebra de acordo por parte de Motta. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse não ter sido avisado sobre a decisão de Motta.
*O Brasil registrou em 2024 a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos, chegando a 32,2% do PIB, de acordo com dados da Receita. O valor representa alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023, quando a carga estava em 30,22%. A revisão excluiu contribuições das empresas ao FGTS e ao Sistema S, usados em instituições como Sesi, Senai e Sesc. A Receita afirma que a medida visa alinhar o cálculo às normas internacionais do FMI e da OCDE. A alta em 2024 ocorreu em todas as esferas, mas foi puxada principalmente por tributos federais e estaduais. No âmbito federal, se destacaram PIS/Pasep, Cofins, IRPF, IPI, tributos sobre comércio exterior, IRPJ e CSLL. Nos Estados, houve alta em ICMS e ITCD, e nos municípios, o ISS subiu apenas 0,09 ponto percentual.