O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden. Foto: Divulgação

O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, de 82 anos, foi diagnosticado com um câncer de próstata em estágio agressivo, conforme comunicado oficial divulgado neste domingo (18). A doença foi identificada após exames realizados na última semana, quando ele apresentou sintomas urinários e um nódulo detectado por médicos.

Segundo informações do gabinete de Biden, o diagnóstico foi confirmado na sexta-feira (16). As células cancerígenas já se espalharam para os ossos, mas, de acordo com a equipe médica, o tumor se mostrou sensível a hormônios, o que pode permitir a adoção de um tratamento eficaz. O ex-presidente e sua família estão em diálogo com especialistas para definir a melhor abordagem terapêutica.

O câncer de próstata é uma das doenças mais comuns entre homens idosos e costuma se desenvolver lentamente. Em muitos casos, os sintomas não são perceptíveis por longos períodos. A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra — canal responsável por conduzir a urina para fora do corpo.

Durante seu mandato, Biden enfrentou constantes questionamentos sobre sua saúde e idade, tornando-se o presidente mais velho a ocupar o cargo na história dos EUA. Em 2024, após um desempenho considerado frágil em um debate contra Donald Trump, o democrata atribuiu sua condição a um resfriado forte e admitiu sentir cansaço.

Ainda naquele ano, o então presidente foi submetido a uma avaliação neurológica de rotina. Segundo o médico da Casa Branca, Kevin O’Connor, os resultados não indicaram doenças graves, mas revelaram sintomas de neuropatia periférica nos pés — uma condição que pode causar dormência e formigamento.

Em anos anteriores, Biden também tratou de problemas de menor gravidade. Em 2021, removeu um pólipo pré-canceroso do cólon, e em 2023, tratou uma lesão cutânea causada por carcinoma, um tipo comum de câncer de pele.

Joe Biden durante seu mandato como presidente dos EUA. Foto: Divulgação

Em 2022, durante seu governo, ele lançou uma campanha nacional contra o câncer, com a meta de reduzir em 50% a taxa de mortalidade da doença nos 25 anos seguintes. A iniciativa foi inspirada na perda de seu filho Beau Biden, vítima de câncer no cérebro em 2015.

Diante das crescentes pressões internas do Partido Democrata e da opinião pública, Biden anunciou em julho de 2024 que não disputaria a reeleição. Em seu pronunciamento, declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris, que acabou derrotada nas urnas pelo republicano Donald Trump, atual presidente dos EUA.

“Foi a maior honra da minha vida servir como presidente. Embora tenha planejado buscar um novo mandato, acredito que o melhor para o país e para o partido é me retirar da disputa e focar em concluir minha gestão com responsabilidade”, disse Biden na ocasião, em comunicado divulgado na rede social X.

A decisão foi motivada, em parte, por seu desempenho instável no debate de junho de 2024, que acentuou questionamentos sobre sua capacidade cognitiva. O episódio marcou o início de um movimento dentro do partido por sua substituição como candidato. Na época, Biden resistiu às críticas e reafirmou seu desejo de seguir na disputa — posição que mudou semanas depois.

Após a desistência, Donald Trump comentou a saída do rival afirmando que Biden “nunca teve condições de ser presidente”. Em sua plataforma Truth Social, o republicano escreveu: “Todos ao seu redor sabiam disso — inclusive médicos e a mídia. E ele não foi [um presidente capaz]”.

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Last Update: 18/05/2025