O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste domingo (1) a escolha do prefeito de Recife, João Campos, como novo presidente nacional da sigla. O evento de posse, realizado em Brasília, reuniu figuras centrais da política nacional, como o presidente Lula (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), simbolizando um movimento estratégico de fortalecimento de alianças rumo às eleições de 2026.
Campos, que substitui Carlos Siqueira no comando da legenda, assume em meio a intensas articulações políticas. Integrantes do PSB apostam na continuidade da aliança com o governo Lula, considerando o fortalecimento da frente progressista essencial para o próximo pleito presidencial.
Juventude em evidência
Aos 31 anos, Campos é o nome mais jovem a liderar o PSB. Herdeiro político de uma linhagem tradicional — é filho do ex-governador Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes — o prefeito de Recife chega à presidência do partido com discurso de renovação.
Hugo Motta, também símbolo da nova geração política, destacou que sua liderança marca “a participação da juventude na boa política”.
Afagos presidenciais
Durante o evento, Lula distribuiu elogios: exaltou a presença de Geraldo Alckmin, vice-presidente e filiado ao PSB, e teceu comentários positivos a Hugo Motta, apesar das diferenças partidárias. “Eu considero você uma novidade na política brasileira. Independente do partido que você pertence, o seu comportamento e a sua eleição como presidente da Câmara é a demonstração de que, dentre tantas coisas ruins que nós vivemos, começam a acontecer coisas boas”, afirmou o presidente.
Alckmin na chapa: missão delicada
Como novo líder do PSB, Campos terá a missão estratégica de garantir a permanência de Alckmin como vice na chapa de Lula em 2026. A tarefa, no entanto, é complexa: setores do entorno do presidente defendem reservar a vaga de vice para atrair partidos maiores e de centro, como MDB ou PSD.
Além disso, o futuro político de Alckmin é alvo de especulações. Seu nome é cotado tanto para disputar o governo de São Paulo, quanto para uma candidatura ao Senado pelo mesmo estado.