Por Jeferson Miola, em perfil de rede social
O tumulto político na Bolívia, um evento inesperado, ocorreu após a crise política e institucional do país, decorrente da divisão interna do MAS, partido do governo.
O pano de fundo desta crise é a disputa de poder e liderança da esquerda entre o presidente atual, Luis Arce, e o ex-presidente Evo Morales, que pretendem concorrer na eleição presidencial do próximo ano.
A hipótese de um plano arquitetado por Arce ganha mais força que a hipótese de tentativa de golpe pelo general Zúñiga, um ex-comandante do Exército exonerado e que não comandava tropas.
Além de exigir o banimento de Evo da política, Zúñiga também reivindicava a libertação de Jeanine Áñez e Luis Fernando Camacho, o que foi rechaçado pelos próprios extremistas presos.
O desfecho do evento, que dissolveu rapidamente e culminou com a prisão do general, é benéfico a Luis Arce.
Com o ocorrido, Arce mobilizou a atenção e solidariedade interna e internacional, e se fortaleceu como salvador da democracia.
Com um destaque: Arce prendeu o general que ameaçou prender seu principal rival, Evo Morales.
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