A deputada Jack Rocha (PT-ES) denuncia, em seu artigo semanal, a contradição de políticos que se dizem “patriotas” que, enquanto defendem os interesses de Donald Trump e seu projeto “Make America Great Again”, ignoram os impactos devastadores das tarifas impostas pelo governo norte-americano sobre o aço brasileiro.
Espírito Santo, estado da parlamentar diretamente afetado pela medida, Jack critica a subserviência de parte da elite política nacional, que prioriza agradar interesses estrangeiros em detrimento da soberania e dos empregos dos brasileiros. A deputada reforça seu compromisso com a defesa da indústria nacional e dos trabalhadores e convoca uma reação firme contra o que chama de “projeto colonial” e “espoliação” do país.
Leia abaixo a integra do artigo:
Bonés, aço e Trump: a tríade que expõe a hipocrisia de quem trai o Brasil
A guerra dos bonés não é um mero conflito de cores ou slogans: é a prova viva de uma esquizofrenia política que envergonha qualquer nação soberana. Enquanto milhares de brasileiros lutam para manter empregos e dignidade, uma legião de performers da política se arrasta para defender interesses estrangeiros, vestindo como troféu a bandeira de quem nos esfaqueia pelas costas. Não se engane: quem ostenta o Make America Great Again enquanto o Brasil queima não é patriota. É capacho de um projeto colonial.
Vamos falar claro: Donald Trump, o mesmo ícone cultuado por bolsonaristas em seus bonés de fanfarronice, acaba de anunciar uma tarifa de 25% sobre o aço brasileiro, um golpe direto na economia de estados como o Espírito Santo, onde milhares de trabalhadores sustentam famílias com o suor dessa indústria. Enquanto isso, os gados políticos que lambem as botas do trumpismo aplaudem um líder que trata o Brasil como colônia descartável. A pergunta é óbvia: quantas facadas na costa do país esses “patriotas” precisam dar para admitir que estão a serviço de um projeto antibrasileiro?
O Espírito Santo não é apenas um número em planilhas de Wall Street. Aqui, R$ 2 bilhões em investimentos e 3 mil empregos estão pendurados no fio da navalha de um decreto assinado por um xenófobo que jamais escondeu seu desprezo pela América Latina. Enquanto o PT respondeu com um boné que afirma “O Brasil é dos brasileiros” — símbolo que adoto com muito orgulho, pois representa meu compromisso com quem me elegeu —, a direita subserviente continua de joelhos, mastigando o inglês quebrado de quem não sabe dizer “não” a um senhor de escravos moderno.
Não há meio-termo: ou você defende os empregos capixabas ou lambe as botas de um magnata que enriquece às custas do nosso desespero. Não há “patriotismo” que sobreviva a essa equação. Enquanto políticos de araque posam para fotos com bandeiras dos EUA, trabalhadores do Espírito Santo se desdobram em escalas 6×1. Esse é o Brasil real, abandonado por quem prefere bajular um tirano de penteado ridículo a lutar por quem paga seus salários.
Digo isso com a autoridade de quem foi eleita por 51.317 vozes que não cabem em hashtags. Meu boné não é fantasia: é um acessório de vida. Enquanto os governos Temer e Bolsonaro desmontaram a indústria nacional e entregaram nosso minério a preço de banana, nós, aqui, reconstruímos o país diariamente. Combater a fome, gerar empregos dignos e retomar o controle da economia não são slogans: são obrigações de quem não troca o pão do povo por likes nas redes.
Aos que ainda teimam em defender Trump e seu projeto de espoliação: seu lugar não é no Congresso, mas no tribunal da história. O Brasil não será refém de uma elite que vende o país a pedaços para agradar seus amos do Norte. O aço capixaba não é commodity — é sangue brasileiro. E sangue, como se sabe, não se negocia.
O Espírito Santo vai reagir. Vamos enfrentar essa tarifa com unhas, dentes e aço genuíno. E a quem insiste em servir a interesses estrangeiros, deixo um aviso: o boné da vergonha não cabe na cabeça de quem tem coluna vertebral. O Brasil é dos brasileiros — e essa é uma guerra que não se vence com discursos, mas com ação. O Espírito Santo é dos capixabas.
Assessoria de comunicação da deputa Jack Rocha
