
E agora tem mais essa. O carnavalesco Paulo Barros, da Unidos de Vila Isabel, acha que tem muito enredo sobre negros e cultura afro no Carnaval do Rio.
Estão caindo as máscaras de fascistas e racistas que, como sempre, se protegem na liberdade de expressão do bolsonarismo.
Leiam o que ele disse em entrevista à Folha, com a desculpa que que não aguenta mais tanta negritude na avenida:
“A maioria dos enredos desse ano são afros, tudo já foi visto e revisto, e eu posso te garantir que 90% de quem está assistindo o desfile não vai entender nada”.
O futebol, os quadros de atores da Globo, o Carnaval – tudo está tomado de extremistas que em algum momento jogam os disfarces fora.
Na hora em que o golpismo se rearticula e volta a atacar negros, gays e indígenas, o carnavalesco vem com assombração, curupira e vampiro na avenida. Por favor, seu Barros.
São 12 as escolas no desfile do grupo especial no Rio. Em nove os temas abordam negritude, figuras pretas e cultura e religiosidade afros.
O número de enredos da negritude é recorde em todos os tempos. Mas vou esperar a opinião do William Waack.

SILÊNCIO
Há o grupo natural e previsível dos que estão festejando publicamente a vitória de Ainda estou aqui.
Há as facções furiosas contra o filme e o que representa como afronta ao fascismo. Já li coisas medonhas e nojentas.
E há o que talvez seja o que mais merece atenção pelo não dito: os silêncios de quem poderia estar dizendo alguma coisa (ou pelo menos avisando: nós vamos sorrir) e não diz nada.
Originalmente publicado no Blog do Moisés Mendes
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