Em mais uma nota vergonhosa, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil voltou a manifestar o seu apoio aos maiores inimigos da humanidade — o sionismo e o imperialismo. Usando como mote a guerra entre a República Islâmica do Irã e o nazissionismo, o Palácio do Itamaraty (sede do governo) diz expressar “grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio”, o que não quer dizer absolutamente nada. Afinal, o que o governo está disposto a fazer para acabar com essa “escalada”?
A tal “escalada militar” tem origem no ataque covarde e criminoso de “Israel” contra o povo iraniano em 12 de junho. Este ataque, por sua vez, deriva da fraqueza do nazissionismo, cada vez mais enfraquecido por causa de sua política genocida. Contestado nas ruas e combatido militarmente pela Resistência, o governo israelense não viu outra saída para sua crise que não um ataque desesperado que levasse a uma escalada da guerra.
A política genocida nazissionista, por sua vez, é produto da luta do imperialismo para impor aos povos um regime de escravidão. Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e “Israel” são os responsáveis pela escalada, de modo que foi o bombardeio norte-americano de 21 de junho que motivou o Itamaraty a publicar a nota. Somente uma luta contra essa quadrilha que poderá por fim aos males que hoje acometem a humanidade.
É o que propõe o Itamaraty? Não, muito pelo contrário. A nota se limita a dizer que “qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica”. Se o Itamaraty fosse minimamente sério, diria que se trata de um crime contra a humanidade, e que os povos do mundo deveriam se aliar à República Islâmica do Irã para fazer parar o imperialismo e o sionismo pela força.
Para piorar, a nota segue dizendo que “o Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares”. Isto é, o “Brasil” — isto é, os serviçais do imperialismo e do sionismo infiltrados no Ministério das Relações Exteriores — repudia não apenas a ação criminosa do nazissionismo, mas também a ação do Irã. E que ação seria essa? A de um povo honrado que, diante dos ataques criminosos que sofre e diante do silêncio da chamada “comunidade internacional”, reage da maneira que pode, enviando mísseis contra a infraestrutura israelense.
Não apenas o Irã age em legítima defesa, como sua reação é um progresso para a humanidade. Afinal, se vitoriosa, ela colocará um paradeiro justamente naquilo que é a causa do que o Itamaraty diz repudiar.
Continuando com seu cinismo, a nota ainda diz que, “ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz”.
A que diplomacia o Brasil se refere? O país mais poderoso do mundo não apenas não defendeu o Irã, como o atacou. Os demais países que integram o condomínio imperialista apoiaram a ação. A Organização das Nações Unidas (ONU) é dominada por esses mesmos governos criminosos. Falar em “diplomacia”, neste momento, cumpre um único propósito: pedir ao Irã para que, em vez de reagir, espere a boa vontade daqueles que estão massacrando seu povo.
A nota do Itamaraty, ainda que secundariamente diga repudiar a ofensiva nazissionista, é, no final das contas, uma peça de propaganda em defesa do sionismo. É uma vergonha para o País.