A diplomacia brasileira monitora a situação das delegações de políticos brasileiros que estavam em missão oficial a Israel e ficaram preso no país com o fechamento do espaço aéreo e o agravamento da crise com o Irã.
Em nota divulgada neste sábado 14, o Itamaraty afirmou estar em contato com o governo de Benjamin Netanyahu “para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem”. O comunicado cita a possibilidade de os grupos deixarem Israel por terra rumo à Jordânia.
De lá, poderiam embarcar de volta. O aeroporto internacional de Tel Aviv foi fechado na noite da última quinta-feira e não há previsão de que seja reaberto.
Segundo o Itamaraty, o secretário de África e Oriente Médio do MRE pediu “tratamento prioritário” à diplomacia israelense para garantir a saída das delegações em segurança. “Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento por via aérea ou terrestre”.
Na sexta-feira 13, o Itamaraty recomendou que brasileiros não viajem a Israel, Jordânia, Iraque, Irã, Líbano, Palestina e Síria pelos próximos meses. O alerta consular decorre da escalada de tensão no Oriente Médio após ataques israelenses a instalações militares no Irã, que contra-atacou. Ao menos 34 pessoas morreram em Israel, segundo a mídia local.
O governo Lula já havia condenado a ofensiva aérea israelense lançada na madrugada desta sexta contra o Irã e defendido o fim imediato das hostilidades. “Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial”, registrou o Itamaraty no comunicado anterior.
A comitiva brasileira está no país desde o último domingo 8. As autoridades viajaram a convite do governo local, para um evento de inovação em segurança pública e precisou se abrigar em bunkers devido aos ataques israelenses contra o Irã.
Entre os políticos que integram o grupo estão Cícero Lucena (prefeito de João Pessoa), Álvaro Damião (Belo Horizonte) e Dilermando Júnior (secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da prefeitura de Aracaju).
