O Ministério das Relações Exteriores decidiu convocar o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos após a publicação de uma nota da representação americana que endossa críticas ao Judiciário brasileiro e defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Escobar ocupa atualmente o posto mais alto da missão diplomática dos EUA no Brasil, já que o governo Donald Trump ainda não nomeou um embaixador.

A nota da embaixada americana repete e reforça as declarações de Trump, que criticou os processos contra Bolsonaro. O ex-capitão é réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de liderar a tentativa de golpe de Estado. Também foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder.

“Jair Bolsonaro e sua família têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos. A perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Reforçamos a declaração do presidente Trump. Estamos acompanhando de perto a situação. Não comentamos sobre as próximas ações do Departamento de Estado em relação a casos específicos”, diz a nota.

A convocação de Escobar ocorre após o governo brasileiro reagir publicamente a uma mensagem de Trump, publicada na última segunda-feira 7, na qual o presidente americano afirmava que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas” e pedia que “deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz”.

Em resposta, o presidente Lula (PT) declarou que o Brasil é um país soberano, com instituições sólidas, e que “ninguém está acima da lei”. Também criticou indiretamente Trump, dizendo que o presidente americano deveria “dar palpite na própria vida”.

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Last Update: 09/07/2025