
Após a ameaça do governo dos Estados Unidos em relação ao bloqueio de redes sociais americanas determinado pela Suprema Corte brasileira, o Itamaraty consultou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), antes de divulgar uma resposta oficial na última quarta-feira (26), conforme informações da CNN Brasil.
Moraes analisou tanto os aspectos jurídicos quanto o conteúdo da publicação feita pelo Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos.
Inicialmente, o Itamaraty buscava evitar um agravamento das tensões e descartava responder diretamente às críticas. No entanto, após a postagem americana na rede social X (antigo Twitter), o governo brasileiro decidiu formular uma resposta mais firme.
O respeito à soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil. Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com os valores democráticos, incluindo a… https://t.co/58fNVzN3Cd
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) February 26, 2025
A publicação dos EUA foi interpretada por setores do governo como uma “provocação”, afastando qualquer possibilidade de neutralidade ou silêncio diante do episódio. A avaliação interna foi de que o Brasil não poderia “ficar em cima do muro” enquanto era alvo de acusações.
O Itamaraty divulgou sua resposta algumas horas depois, adotando um tom “duro” e “proporcional”, com o objetivo de reafirmar a posição do Brasil sem intensificar o conflito.
Em nota oficial, o governo brasileiro afirmou rejeitar “qualquer tentativa de politizar questões judiciais” e ressaltou a necessidade de respeitar a independência dos poderes, um princípio fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988.
Nos bastidores, fontes do governo indicam que, caso Trump insista em pressionar o Brasil, a tensão diplomática pode se intensificar.
Na reunião da última quarta-feira (26), a estratégia foi definida: o Brasil manterá sua posição e não cederá a pressões externas. O objetivo é preservar os interesses econômicos e diplomáticos do país sem comprometer sua soberania.
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