Italiano diz que gravidez de professora é fruto de “orgias e ritos satânicos brasileiros”

A brasileira Bárbara Zandomênico Perito e o empresário italiano Nunzio Bevilacqua. Foto: Reprodução

A brasileira Bárbara Zandomênico Perito, professora de português e descendente de italianos, está processando o empresário italiano Nunzio Bevilacqua após ser alvo de acusações falsas e difamação internacional, conforme reportagem do Fantástico, da TV Globo.

Nunzio, que teve um relacionamento com Bárbara enquanto ela morava no Brasil, acusou-a de integrar uma seita de mulheres que engravidam para ganhar pensões alimentícias.

A acusação surgiu depois que Bárbara engravidou de Nunzio, após uma viagem que fizeram juntos. Apesar da confirmação de paternidade por meio de teste de DNA, o italiano começou a espalhar a história de que a gravidez seria resultado de rituais satânicos e orgias no Brasil, com o objetivo de extorquir dinheiro de homens europeus.

Em uma entrevista à imprensa italiana, Nunzio disse que “a gravidez de Bárbara seria fruto de orgias e ritos satânicos brasileiros que alimentavam uma fábrica de crianças sobrenaturais para lucro com pensões alimentícias”.

Bárbara, que vive em Tubarão (SC), refuta as acusações, explicando que a narrativa criada por Nunzio não tem qualquer base real.

“Eu não faço parte de seita nenhuma. Não existiu golpe de nenhum tipo. Existia um relacionamento que não deu certo e, desse relacionamento, existe uma criança — que é saudável, minha filha, filha dele, que vive e está aí”, disse ela.

Difamação internacional

O caso ganhou os holofotes quando a emissora RAI, da Itália, transmitiu uma reportagem afirmando que Nunzio Bevilacqua seria vítima de uma “organização criminosa” no Brasil, envolvendo até o Ministério Público de Santa Catarina e grupos religiosos.

O italiano, após perder o processo contra a recusa de um segundo teste de DNA, passou a espalhar publicamente a história nas mídias italianas.

Bárbara, em busca de justiça, entrou com um processo criminal, acusando Nunzio de calúnia, difamação e perseguição, prática conhecida como stalking.

Medidas protetivas

O Ministério Público e a Justiça Federal concederam medidas protetivas para Bárbara, proibindo Nunzio de se aproximar de sua família e de entrar em contato com ela ou com seus parentes.

Hoje, com sua filha de três anos, Bárbara continua sua vida em Tubarão e segue com o trabalho de professora, sem receber qualquer ajuda financeira de Nunzio, que ainda não reconhece a paternidade da filha.

As medidas protetivas garantem que Nunzio, caso venha ao Brasil, deve manter uma distância mínima de três quilômetros de Bárbara e sua família.

“Ele atenta contra o Ministério Público, ele atenta contra a Igreja Católica, contra outras religiões, contra uma pessoa que tem direitos, que é a Bárbara, e mais ainda: contra a filha dele, uma menor de idade”, afirmou o advogado de Bárbara, Vitor Poeta, ao detalhar o processo criminal em andamento.

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