
O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que os passageiros do Madleen — navio da Flotilha da Liberdade — serão obrigados a assistir a vídeos dos ataques de 7 de outubro de 2023, com o intuito de mostrar “quem é o Hamas, a quem vieram apoiar” e as “atrocidades contra mulheres, idosos e crianças”.
Entre os 12 ativistas a bordo estão Greta Thunberg, a eurodeputada Rima Hassan, o ator Liam Cunningham, o ativista espanhol Sergio Toribio, além de outros, como os jornalistas Yanis Mhadi e Omar Faiad, o médico Baptiste André, a ativista Yasemin Acar, o brasileiro Thiago Ávila e a ambientalista Reva Viard.
O Madleen partiu de Catania, na Sicília, em 1º de junho, transportando alimentos, leite em pó, kits de dessalinização, medicamentos, próteses para crianças e outros suprimentos básicos.

O objetivo era romper o bloqueio naval imposto a Gaza desde 2007 e entregar ajuda humanitária, mas foi interceptado no dia 8 de junho por forças israelenses em águas internacionais, e desviado ao porto de Ashdod .
A iniciativa simboliza um gesto de coragem civil: ativistas desarmados desafiando um dos aparatos militares mais robustos do mundo. Além de navegar com suprimentos, o navio resgatou quatro migrantes sudaneses no caminho.
A resposta de Israel — com força e controle rígido — e o cerceamento dos ativistas dramatizam o conflito entre visibilidade internacional e o endurecimento do bloqueio, denunciado como crise humanitária grave, com mais de 54 mil mortes de palestinos.